Academia de Magia Beauxbatons
A Academia de Magia Beauxbatons é uma escola de magia localizada no Palácio de Beauxbatons, perto da cidade de Cannes, no sul da França. A instituição existe a aproximadamente setecentos anos e é referência mundial no ensino. Diferente das demais escolas, Beauxbatons faz jus a cultura e mimos franceses: o interior de seu castelo é adornado com estátuas de cristal, mármore branco e tecidos finos. A metodologia da escola diferencia-se das demais por ser engomada nas artes e costumes do leste europeu, focando-se no aprendizado de encantos e na sutileza da magia. A Escola de Magia e Bruxaria Francesa foi inaugurada em 1501, sendo a ilha protegida por feitiços poderosos que impediam qualquer trouxa de se aproximar da mesma. Garotos e garotas de toda a parte vieram para Beauxbatons. Cada fundador prezava uma virtude. Enquanto a centrada Artemise – chefe da Juste - prezava a justiça e a compaixão, Amandine (Persévérer) era do tipo que lutava pelo que queria, custasse o que custasse, valorizando a perseverança de cada um. Bernard (Noble) fazia o estilo do garoto que nunca cresce, gostando de diversão e desafios. Já Gaspard (Sage) preferia a tranqüilidade de seus livros e pesquisas, falando só quando necessário. O brasão de Beauxbatons é constituído por dois cavalos alados, fato ligado a grande quantidade desses seres nas propriedades da Academia. O cuidado e dedicação a essas criaturas está ligado a instituição desde seu início, que são tidos por equinos graciosos e fortes. Duas varinhas cruzadas e três estrelas em cada ponta adornam o centro do brasão, ressaltando a graciosidade dos feitiços e o aprendizado em encantamentos.
Os fundadores
Nascido em 1460, filho de Jacques e Louise, casados por interesse, Bernard Gifford Huntington foi concebido para ser mais um peão no jogo de poder dos pais. Sua personalidade, no entanto, desenvolveu-se de maneira a ignorar o poder, influência e outras coisas do tipo, passando apenas a fazer o que seu coração e sua justiça mandavam, realizar seus sonhos. Assim, ele e a família formavam uma situação praticamente paradoxal.
À medida crescia, se soltava e se abria para os outros, Bernard acabava atraindo mais e mais gente, formando logo um círculo de bons amigos e uma vasta lista de conhecidos. Os colegas diziam que ele possuía uma energia tão forte, como se fosse uma aura de carisma, que fazia com que as pessoas tivessem vontade de conhecê-lo, ou que simpatizassem com o garoto logo no primeiro encontro. No ano de 1495, Bernard desposou Noèlle, uma companheira de trabalho, tendo no mesmo ano um filho. Continuaram trabalhando normalmente, talvez até mais eficientes do que antes. Mas o ponto de vista de Bernard mudou graças à criança; com um filho que já dava os primeiros sinais de poder mágico, ele se alertou ao perceber que não havia mais nenhuma escola de magia. O fundador, então, adotou essa causa, iniciando um movimento a favor da implantação de um novo centro estudantil, que resultou na criação da Academia Beauxbatons. |
A família Feullière, extremamente conservadora, possuía uma das mais exuberantes mansões de Saint-Brieuc, localizada na região de domínio da Bretanha, bem como uma vasta extensão de terra adjacente ao castelo. Proprietária do local, respeitada e conhecida pelos príncipes desde a Escócia até o sul da França, exercia uma vasta influência na comunidade francesa. Desde cedo a prole daquela família era preparada para obter os maiores cargos da alta sociedade, treinados em aulas diárias para conseguir conquistar todo e qualquer objetivo. Nesse seio familiar antipedagógico que nasceu Amandine Sabina Leroux Feullière, irmã vinte anos mais nova que Jacques Leroux Feullière, o futuro comandante daquele ninho de serpentes.
Desde o seu nascimento, Amandine não parou de surpreender a todos. Dedicada aos estudos, ela era a menina que sonhava com a ilusão de poder ter as rédeas da família em suas mãos. Porém, seu irmão, um homem de quarenta anos que assumia agora cargos de destaque no Ministério, já estava designado como futuro regente da família Feullière, o que causou a revolta da jovem madame. Assim que a Igreja Católica começou a ter desconfianças a respeito do que era ensinado no Centro Estudantil Parisiense, que era uma instituição bruxa disfarçada, Amandine tomou suas próprias providências. Aos vinte e um anos, ela convenceu o Ministério a entrar em contato com os outros três fundadores, que eram seus velhos amigos, e conseguiu dar início a uma nova escola. |
Sem muitos diferenciais em sua infância, vivendo uma vida tranquila e típica de um bruxo, Gaspard cresceu em uma afastada e calma área de Paris habitada, quase em sua totalidade, por humanos dotados dos mesmos poderes que ele, seus pais e mais um adicional de oito irmãos. Quando alcançou seus onze anos, pôde sair de casa e viver uma experiência grandiosa no Centro Estudantil Bruxo de Paris, onde conheceu três formidáveis pessoas, as quais em um futuro um tanto quanto distante se tornariam os fundadores da primeira dita escola de magia francesa.
Levesque começava a ficar mais poderoso, desenvolvendo suas habilidades mentais, quando não só os seus estudos, mas também de todos os demais alunos do Centro, foram interrompidos devidos aos grandes movimentos da igreja da época contra aquela classe humana que deixava de ser amigável e inofensiva aos trouxas. O bruxo, então, fugiu para a Inglaterra e começou a reconstruir sua vida nas terras inglesas. Pouco tempo depois, Gaspard fora noticiado sobre a possível fundação de outra instituição bruxa na França, uma vez que o antigo Centro havia sido fechado. Amante dos livros e de uma boa educação, nunca poderia ser somente um espectador da tão apreciada ideia, ainda mais após ter descoberto que a idealizadora do novo projeto era uma antiga colega de escola. Levesque não perdeu tempo e retornou para a França, se tornando um dos fundadores da Academia Beauxbatons. |
Artèmise Mandeville provinha de uma longa linhagem de bruxos pregadores da Magia Branca, que difundiam os feitiços realizados com propósitos virtuosos e negavam qualquer qualidade atribuída aos que usavam da magia para fins maléficos. Criada em meio a tais dogmas, a fundadora formou-se com prestígio no antigo Centro Estudantil Bruxo Parisiense, atualmente a maior biblioteca não-trouxa da França, onde teve os primeiros contatos com os respectivos futuros fundadores da Noble, Persévérer e Sage. A partir daí, todos tiveram seus cursos direcionados para pontos diversificados, tomando cada um uma especialização em um ramo mágico diferente - Artèmise foi considerada o maior prodígio do século em Transfiguração.
Em meados de 1500, a Igreja Católica deu início à Inquisição, que manchva a reputação dos mais variados magos, tratando-os como se fossem animais irracionais que ansiavam pelo fim da harmonia entre os seres humanos. Para defender a integridade do mundo mágico, o Centro Estudantil Bruxo Parisiense foi fechado, transformado em uma singela biblioteca e a comunidade bruxa se via sem academia para instruir suas crianças. Mandeville foi uma dos fundadores de um projeto que, com a assinatura de milhares de bruxos, chegou aos superiores, insistindo na criação de um centro escolar onde as crianças dotadas de poderes pudessem aperfeiçoá-los em segurança. |
Casas de Beauxbatons
SageA Sage, fundada por Gaspard Levesque, abriga todos aqueles que encontram dificuldade em aceitar a ideia de convivência em sociedade - também conhecidos como esquisitos, excluídos ou simplesmente nerds -, que ignoram normas sociais. A inteligência dos membros dessa casa se manifestam de formas diversas, não necessariamente relacionadas ao currículo escolar; pode ser uma complexidade maior, ou simplesmente uma capacidade superior de racionalizar os fatos. São objetivos e muitas vezes são considerados insensíveis ou arrogantes. A descoberta é um grande estímulo para os Sages, eles são curiosos e gostam de desvendar coisas. Características infantis também são comuns aos membros dessa casa: os alunos tendem a ser distraídos e imaginativos.
|
NobleFundados por Bernard Huntington, os nobleanos têm uma lealdade sem igual para com seus companheiros – mesmo aqueles com os quais não simpatizam muito. Sua audácia faz com que a coragem muitas vezes suprima o senso de autopreservação, o que os coloca em risco mais vezes que outros estudantes. Animados e desinibidos, fazem o possível para animar seus colegas e até mesmo os outros alunos. Famosos pela dificuldade em encarar com seriedade as adversidades, não lidam bem com a decepção e derrota. Os nobleanos possuem históricos de problemas psicológicos ou tendência a desenvolvê-los até mesmo com gravidade relativamente alta. A nobreza e o cavalheirismo são valores prezados, embora, na maior parte dos casos, sejam incutidos até mesmo dentro da própria casa.
|
JusteOs justinos, de maneira geral, possuem códigos pessoais de valores e virtudes que regem suas vidas como se fossem leis, prezando a justiça e compaixão.
Artèmise Mandeville, fundadora da Juste, ensinou aos seus primeiros alunos que eles deveriam honrar a casa e orgulhar-se de a ela pertencer. Em muitas circunstâncias os alunos dessa casa passam a imagem de estudantes metidos, pouco modesto, extremamente e egocêntricos. Os membros da Juste são conhecidos por manterem grandes círculos sociais, nos quais são bem vistos devido a sua simpatia e seu charme. São famosos pela quantidade de relacionamentos amorosos em que costumam estar envolvidos, e possuem uma extrema lealdade aos amigos e colegas de casa. |
PersévérerPerseverança, em todas as situações, era o marco da fundadora da casa, Amandine Feullière. E numa visão inicial, a Persévére pode ser considerada a casa dos perversos, pervertidos, maníacos, anarquistas, e até mesmo, vândalos. Num geral, são extremamente competitivos, mesmo com seus colegas. Contrariando o que se poderia pensar de pessoas egocêntricas, os alunos da Persévérer não costumam humilhar outras casas quando conquistam uma vitoria, concentrando-se neles próprios. Sempre estão preocupados demais consigo mesmos para notar ou se importar com outras pessoas. Determinados e normalmente sinceros – desde que isso não perturbe seus planos – vão até ao fim se isso significa o culminar de seus desejos.
|
Habilidades especiais
MademoisellesMechas platinadas, pele pálida, bochechas torneadas e olhos tão azuis quanto o mais límpido céu não são características difíceis de se encontrar em Beauxbatons. Um número elevado de alunas da academia francesa descendem de Veelas, criaturas conhecidas especialmente por seus traços faciais impecáveis. A escola adotou, por este motivo, uma política de tolerância zero contra provocações e intrigas que envolvam o sexo feminino, uma vez que qualquer motivo, por mais trivial que seja, pode ser o bastante para instigar a raiva de uma meio-veela. Delicadas e sutis, as garotas costumam receber cortesias constantemente, além de conseguirem transformar pedidos, através da persuasão, em ordens. Meninas de Beauxbatons adquirem Meio-Veela.
|
GentlemenA Academia Beauxbatons, além de ser conhecida por seus costumes franceses e seus mais de setecentos anos de história, é lembrada por abrigar e educar os descendentes das famílias europeias de maior renome e prestígio. Cofres abarrotados de ouro, mansões de valor imensurável e até mesmo relíquias mais antigas que a própria escola fazem parte da herança dos alunos da academia. Além disso, suas famílias são reconhecidas por praticamente qualquer um no mundo bruxo, seja por sua riqueza imensurável ou por suas posições de prestígio, seja no mundo acadêmico, político ou profissional. Meninos de Beauxbatons adquirem Fama e Riqueza.
|